segunda-feira, 7 de julho de 2008

Dívida pública federal interna atinge R$ 1,239 trilhão em maio

EDUARDO CUCOLO
da Folha Online, em Brasília

A dívida pública federal interna em títulos públicos voltou ao subir em maio, aumentando 1,71% na comparação com abril. O estoque total da dívida chegou ao final de maio totalizando R$ 1,239 trilhão. Em abril, a dívida tinha caído 2,5% na comparação com março, totalizando R$ 1,218 trilhão.

O resultado se deve à emissão líquida de R$ 8,5 bilhões e apropriação de juros de R$ 12,4 bilhões. Em maio, houve emissões de R$ 22,9 bilhões em títulos e resgates de R$ 14,4 bilhões.

Já a dívida pública total, que inclui também a externa, passou de R$ 1,318 trilhão em abril para R$ 1,337 trilhão em maio, uma alta de 1,43%.

O PAF (Plano Anual de Financiamento) prevê que a dívida pública federal irá fechar este ano entre R$ 1,480 trilhão e R$ 1,540 trilhão.

A dívida pública externa caiu 2,04%, para R$ 97,6 bilhões (US$ 59,9 bilhões).

Perfil

A parcela de títulos prefixados na dívida interna subiu de 34% em abril para 34,3% em maio, devido à emissão líquida de R$ 7 bilhões desses papéis.

A participação dos indexados à taxa Selic aumentou de 35,34% em abril para 35,42% em maio. A participação dos títulos remunerados por índices de preços, por sua vez, caiu de 27,63% para 27,37% em maio.

O volume de títulos em poder público com vencimento em até 12 meses aumentou de 27,01% para 28,3%.

O prazo médio da dívida total caiu de 41,65 meses para 41,17 meses. No caso da dívida interna, recuou de 39,26 meses para 38,84 meses.

Custo

O custo médio da dívida interna aumentou de 12,53% ao ano em abril para 14,20% a.a. em maio, devido à maior variação do IPCA e do IGP-M.

No acumulado dos últimos 12 meses, o custo médio aumentou de 12,64% ao ano em abril para 12,72% a.a. em maio, em virtude da maior variação dos índices de preços na comparação entre maio de 2007 e 2008.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Após recuo em janeiro dívida líquida deve subir a 42,4% do PIB em fevereiro

27/02/2008 - 19h18

BRASÍLIA - Após recuar para o equivalente a 42,1% do Produto Interno Bruto (PIB) em janeiro, o menor patamar desde a relação de 38,9% do PIB em dezembro de 1998, a dívida líquida do setor público deve subir em fevereiro para 42,4%, estima o Banco Central (BC). O aumento decorre da forte valorização do real frente à moeda americana, que registra 3,3% do início do mês até hoje.

Para dezembro de 2008, a autoridade monetária estima que o endividamento deve diminuir nessa relação com o PIB, situando-se em 41,5%, ante a posição fechada em 2007 de 42,8% do PIB.

Dados divulgados hoje apontam que a dívida líquida pública registrou também uma queda nominal em janeiro, saindo de R$ 1,15 trilhão no mês anterior para R$ 1,14 trilhão.

Para o chefe do Departamento Econômico do BC, Altamir Lopes, foi "uma melhora expressiva", a queda de 0,7 ponto percentual na relação com o PIB, entre dezembro e janeiro. Isso porque o real teve uma valorização mensal de apenas 0,62% sobre o dólar.

Para fevereiro, porém, ele trabalha com a taxa de câmbio de R$ 1,68 da abertura de hoje, ante R$ 1,75 do fim de janeiro. Como o governo é credor em dólares, a valorização do real aumenta a dívida.

Em janeiro de 2007, para cada 1% de queda no preço do real frente ao dólar, a dívida aumentava 0,04 ponto percentual do PIB. Em janeiro de 2008 passou para um aumento de 0,10 ponto percentual do PIB.

Por aumento da parcela prefixada, a sensibilidade dos juros sobre a dívida também foi ampliada. Em janeiro de 2007, cada 1 ponto percentual de variação da Selic mantido em 12 meses afetava a dívida em 0,22 ponto percentual do PIB (para cima ou para baixo). No mês passado esse impacto subiu para 0,26 ponto percentual do PIB.

A parcela da dívida com variação pela Selic subiu de 47,1% do total há um ano para 54,8%, enquanto a participação da prefixada passou de 35,8% para 37,7% em janeiro de 2008, segundo informou o BC.

(Azelma Rodrigues | Valor Online)